sábado, 4 de abril de 2009

Processo começou inquinado, acabou em absolvição

De todo este processo quase nada se aproveita, à excepção das escutas. Pouco importa a sua admissibilidade em sede de julgamento. O que ficou registado demonstra que havia (e continua a haver) um sistema que permitia ao FCP pôr-se a salvo dos imponderáveis do futebol: a bola no poste, o penalty falhado, o frango do guarda redes...

Relativamente ao que se passou desde o início deste processo é bom não esquecer que PC foi avisado da busca a sua casa. Portanto o processo começou inquinado à partida, porque a prova que se podia apurar nas buscas foi obviamente destruida.

Na fase final do processo, o julgamento, a absolvição de Pinto da Costa deveu-se essencialmente, temos que reconhecer, à pouca credibilidade da principal testemunha de acusação. É difícil condenar alguém quando a versão da entrega de dinheiro é feita apenas e exclusivamente através de Carolina Salgado, que "apenas" deu 4 versões completamente diferentes do que aconteceu - quando foi, onde estava, como se sentia, o que foi entregue, quem ia e não ia lá a casa, qual a casa, o que ouviu, o que viu... 4 versões diferentes... e APENAS com base nisto não podia haver uma condenação!

1 comentário:

  1. Apesar das desavensas ate parece que foi combinado.
    Custava alguma coisa manter a mesma versao ? Muito estranho...
    Tens razao as escutas sao a prova que todos subescrevemos mas em portugal as provas que incriminam os criminosos sao ilegais.
    SLB4EVER Rumo****

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