Ontem já era tarde: "O 6-3 é o jogo da minha vida..."
Há 16 minutos
Post 14/32. Maxi Pereira. Raçudo. É assim que ele joga e consegue incutir à equipa a vontade de vencer. É impressionante a sua disponibilidade competitiva, do primeiro ao último minuto de jogo, colocando em cada lance a mesma determinação. Seja para jogar menos bonito, em benefício do equilíbrio da equipa ou da segurança da sua baliza, ou para aparecer junto à área adversária em jogadas de ataque.
Post 13/32. Júlio César. Chegou no início da temporada, escolhido por Jorge Jesus, que o lançou no Belenenses. Não se sabe se foi contratado para ser a primeira opção, ou uma aposta para o futuro. As sólidas exibições de Quim nunca deram motivos ao treinador para a mudança de guarda redes que, possivelmente, desejava.
"O Júlio César tem contrato, o Quim terminou o dele, esteve sempre à altura das decisões, mas como o Benfica vai buscar um guarda-redes, o Quim já sabe o futuro."
Post 12/32. Quim. Quim não é o melhor guarda-redes do mundo, talvez não seja sequer o melhor de Portugal, mas foi o número 1 do Benfica, não falhou um único minuto nos jogos da liga e é o guarda redes menos batido da prova. A verdade é que dos 20 golos sofridos, apenas em dois ou três deu a sensação de ter sido mal batido.
Post 11/32. Keirrison. Chegou com chancela de craque. Jorge Jesus deu-lhe diversas oportunidades, mas Keirrison nunca reencontrou a confiança que fez dele um goleador temível no Brasil. Por isso, e por pressão do Barcelona, que investiu 15 milhões de euros no seu passe, foi emprestado em Dezembro à Fiorentina, na expectativa de jogar mais minutos.
Post 10/32. Pablo Aimar. El Magno. Elegância, magia, arte. O bom velho Aimar, dos tempos áureos, em que Maradona pagava o bilhete para o ver, esteve de regresso. Mérito de Jorge Jesus, que soube gerir a sua condição física, possibilitando ao Argentino participar na grande maioria dos jogos como titular. A chegada de Saviola, com quem já tinha feito dupla no River Plate, também contribuiu para a subida de rendimento de Pablito.
Post 9/32. Mantorras. Herói no título de 2005, transformou-se numa pedra no sapato em 2010. A entrada de Jorge Jesus acabou com a palhaçada que se arrastava nos últimos anos. Estamos gratos ao Mantorras, que fica nos nossos corações para sempre mas numa equipa de alta competição não podem fazer parte elementos incapacitados para a pratica desportiva.
Post 8/32. Ramires. Foi uma das contratações do Benfica para esta época, e a mais cara, de indiscutível qualidade. Não teve férias, fez quase todos os jogos, do clube e selecção, mas o certo é que as pilhas de Ramires, duram e duram (daí a alcunha de Queniano). Não é tão criativo como Aimar, Saviola ou Carlos Martins, mas foi uma peça importantíssima no Benfica campeão. Porque defende, porque ataca, porque cansa só de o ver correr.
Post 7/32. Cardozo. Tenham cuidado, ele é perigoso. É o Óscar Tacuara Cardozo. Este é o cântico dos adeptos e mais que nunca Cardozo fez por o merecer. Cardozo é um caso curioso: por vezes parece que anda longe do jogo, não corre, não luta, a bola não lhe pára nos pés. Mas o instinto de predador está sempre lá e quando menos se espera aparece na área e remata certeiro.
No dia, em que se soube que o Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, esta capa da ABola não é a mais feliz. Não acham?
Há coisas que nunca mudam. Os grandes dirigentes lutam, até à exaustão das suas forças, por ganhar dentro de campo. Os outros, querem ganhar a qualquer preço. E admitem-no. "O nosso ideal é vencer. Vencer à F.C. Porto". Ora, se bem me lembro, ganhar à Porto é com fruta e café com leite, com violência, com a divisão do país numa ridícula batalha Norte Sul.
Post 6/32. Javi Garcia. Chegou esta época ao Benfica vindo de Madrid. De promessa adiada no Real, a certeza no Benfica, foi um ápice. Compenetrado, seguro e sempre confiante, o Espanhol foi um senhor nos seus domínios, com altivez e humildade suficiente para dar o corpo ao manifesto. Um recuperador de bolas nato, um fio condutor de jogo, sem outras ambições que não tivessem sido o benefício da equipa.
Post 5/32. Rúben Amorim. É o meu jogador. Não é excêntrico como Luisão, dramático como Carlos Martins, delicado como Aimar, pujante como David Luís ou resistente como Ramires. De facto, o Rúben não rasga, não compromete. É discreto. Constância no comportamento, descentrado de polémicas. Seguro. Joga aqui e ali, mantém, guarda, dá, cala-se. Um exemplo.
Post 4/32. Luisão. É a voz de comando, é o líder da equipa dentro de campo. Na sua sétima época no Benfica, foi um dos indiscutíveis de Jorge Jesus em todas as competições (chegando mesmo a jogar tocado em vários jogos).
Para levares o Di Maria, são 10 milhões mais o passe de Anderson e o passe do Nani. E isso é para início de conversa. Estamos entendidos?
Post 3/32. Shaffer. Foi um dos primeiros reforços para a época 2009/2010, quando Jorge Jesus ainda não era técnico do Benfica. Após os primeiros treinos da época, Jorge Jesus decidiu pedir um novo defesa esquerdo à direcção, César Peixoto, por considerar que Shaffer apresentava lacunas defensivas.
Post 2/32. Airton. Chegou ao Benfica em Dezembro, a meio da temporada, para ser uma alternativa a Javi Garcia no meio campo Benfiquista. Nos jogos que o Espanhol não jogou, Airton foi um substituto à altura. Começou algo retraído mas foi perdendo a timidez e já se percebeu quepode assumir as funções no meio campo, funcionando como um pêndulo aos jogadores mais ofensivos.
Post 1/32. Moreira. Jorge Jesus deixou cinco jogadores do plantel fora das suas opções para os jogos da Liga. Um deles foi Moreira. Mas nem por isso deixa de ser um verdadeiro campeão. Da boca dele, nunca se ouviu uma palavra contra o Benfica. Uma personalidade com dimensão à escala do Benfica