José Couceiro, há meses, foi convidado para director-geral do Sporting, e logo prometeu que nem que Jesus Cristo descesse à terra substituiria Paulo Sérgio como treinador dos leões. Como é um homem de palavra, assim que o Paulo Sérgio saiu foi sentar-se no lugar do seu antigo colega (subordinado), com a honrada explicação de que ou seria mais um desempregado ou tinha, como teve, de aceitar o lugar.
Couceiro foi à Luz comandar o Sporting, viu-se a ganhar sem saber ler nem escrever, jogou fechadinho na defesa como uma equipa do fundo da tabela, criou apenas uma oportunidade de golo, teve a sorte de ver o Cardozo falhar uma grande penalidade, mais uma bola na barra e a sua equipa passou mais de 90% do tempo a defender-se com unhas e dentes.
Para Couceiro, porém, a derrota ficou a dever-se ao árbitro, Jorge Sousa, por acaso um conhecido adepto do Porto, ex-membro da claque dos Superdragões e, portanto, muito mais próximo de Couceiro enquanto este treinador dos "dragões B" do que do Benfica.
Ao invés de lamentar a inépcia da sua equipa e a postura defensiva, medrosa e sem classe, Couceiro optou pela desculpabilização fácil. Está-lhe no sangue!